Em notícia publicada no site da Universidade de Brasília (UNB), um estudo realizado pelo Instituto de Psicologia (IP) desta mesma instituição revelou que os índices de suicídios entre jovens graduandos e recém-formados aumentou consideravelmente. Em agosto de 2006, o IP mostrou que pelo menos 1 a cada 3 jovens Brasileiros já pensou em se matar e um a cada 10 já fez a tentativa.
É sabido que os índices de suicídios vêm crescendo rapidamente no mundo todo, no entanto o que têm assustado os especialistas é que a ação de tirar a própria vida tem sido adotada por pessoas cada vez mais jovens. O porquê disso ainda não foi descoberto, na realidade existem várias vertentes de pensamento sobre a causa deste aumento, no entanto nenhuma que o explique completamente.
Há correntes que acreditam que o estresse acumulado durante a vida, por uma série de fatores que incluem desde a pressão para conquistar uma posição de destaque até a tensão de se sustentar num mundo capitalista pode ser o motivo. No entanto outras vertentes discutem que a causa mais forte para tal aumento se encontra na falta de estabilidade psicológica que algumas pessoas possuem frente à situação de grande pressão. A meu ver, o motivo desse grave problema não é nem uma coisa nem outra, são ambas.
Atualmente não há quem possa dizer que não sofra com a pressão do corre-corre, da vida como um fast-food de obrigações e pressões nas quais devemos cumprir em tempo hábil e eficientemente para não ser engolido pelo sistema. Não importa se está no emprego, na faculdade, na escola ou em seu lar, vivemos sob estresse, o tempo todo sendo cobrados para nos mantermos vivos. Sendo assim, não há quem não fique realmente tentado a fazer tamanha loucura.
Na área médica, já se sabe que o grande mal deste século é a depressão o que não me assusta devido ao fato do tipo de vida imposto pelo sistema que vivemos em nossa sociedade. Esse grande mal que assola o mundo, tem como uma de suas principais e mais graves conseqüências o suicídio. Daí não me surpreender o fato dessa prática aumentar tanto. Apesar disso, o fato me preocupa bastante, pois, mostra o quanto estamos despreparados para lidar com problemas tão severos quanto estes.
Nossa saúde é precária e por muitas vezes incompetente para diagnosticar a depressão e a eminência do suicídio. Não há quem se mate se motivos, é necessário que haja algum fator desencadeante para tão ação. Isso indica que nós, sejamos profissionais da saúde ou não, somos responsáveis por esse índice e cabe a nós mudá-los. É necessária a discussão do tema, entre todos os ramos da sociedade para traçar ações de combate a esse problema. É preciso que nos observemos mais, nos comuniquemos mais, nos ajudemos mais para tentar diminuir o risco de entrar em depressão e, por conseguinte, cogitar ou realizar o suicídio.
Este é um tema polêmico em nossa sociedade e como tantos outros já mostra seus sinais de desgaste e descaso, por isso abro este blog para a discussão deste delicado tema, na intenção, não de mudar o mundo, mas de fazer a minha parte. De tentar pelo menos, fazer com que meus leitores pensem sobre o tema.
Saiba mais:
É sabido que os índices de suicídios vêm crescendo rapidamente no mundo todo, no entanto o que têm assustado os especialistas é que a ação de tirar a própria vida tem sido adotada por pessoas cada vez mais jovens. O porquê disso ainda não foi descoberto, na realidade existem várias vertentes de pensamento sobre a causa deste aumento, no entanto nenhuma que o explique completamente.
Há correntes que acreditam que o estresse acumulado durante a vida, por uma série de fatores que incluem desde a pressão para conquistar uma posição de destaque até a tensão de se sustentar num mundo capitalista pode ser o motivo. No entanto outras vertentes discutem que a causa mais forte para tal aumento se encontra na falta de estabilidade psicológica que algumas pessoas possuem frente à situação de grande pressão. A meu ver, o motivo desse grave problema não é nem uma coisa nem outra, são ambas.
Atualmente não há quem possa dizer que não sofra com a pressão do corre-corre, da vida como um fast-food de obrigações e pressões nas quais devemos cumprir em tempo hábil e eficientemente para não ser engolido pelo sistema. Não importa se está no emprego, na faculdade, na escola ou em seu lar, vivemos sob estresse, o tempo todo sendo cobrados para nos mantermos vivos. Sendo assim, não há quem não fique realmente tentado a fazer tamanha loucura.
Na área médica, já se sabe que o grande mal deste século é a depressão o que não me assusta devido ao fato do tipo de vida imposto pelo sistema que vivemos em nossa sociedade. Esse grande mal que assola o mundo, tem como uma de suas principais e mais graves conseqüências o suicídio. Daí não me surpreender o fato dessa prática aumentar tanto. Apesar disso, o fato me preocupa bastante, pois, mostra o quanto estamos despreparados para lidar com problemas tão severos quanto estes.
Nossa saúde é precária e por muitas vezes incompetente para diagnosticar a depressão e a eminência do suicídio. Não há quem se mate se motivos, é necessário que haja algum fator desencadeante para tão ação. Isso indica que nós, sejamos profissionais da saúde ou não, somos responsáveis por esse índice e cabe a nós mudá-los. É necessária a discussão do tema, entre todos os ramos da sociedade para traçar ações de combate a esse problema. É preciso que nos observemos mais, nos comuniquemos mais, nos ajudemos mais para tentar diminuir o risco de entrar em depressão e, por conseguinte, cogitar ou realizar o suicídio.
Este é um tema polêmico em nossa sociedade e como tantos outros já mostra seus sinais de desgaste e descaso, por isso abro este blog para a discussão deste delicado tema, na intenção, não de mudar o mundo, mas de fazer a minha parte. De tentar pelo menos, fazer com que meus leitores pensem sobre o tema.
Saiba mais:
Dados extraidos da reportagem da UNB
Raio-X do suicídio
- Taxas cresceram entre jovens de 15 a 25 anos. Um em cada 10 jovens já fez uma tentativa.
- A proporção é de 3,7 mortes masculinas para uma feminina.
- Taxas cresceram entre as mulheres. O aumento proporcional entre 1994 a 2004 foi de 24,7% para mulheres e de 16,4% para homens.
- Países do Leste Europeu e Japão apresentam as maiores taxas mundiais. Cerca de 25 mortes por 100 mil habitantes.
- Espanha, Itália e Holanda apresentam as menores taxas. Menos de dez mortes por 100 mil habitantes.
- A OMS considera o Brasil como um país de baixo índice de suicídio.
- O Rio Grande do Sul apresenta as maiores taxas de suicídio entre homens no Brasil (16,6 mortes por 100 mil habitantes).
- Entre as mulheres a taxa maior é o Mato Grosso do Sul (4,2 por 100 mil habitantes).
- O suicídio ocorre mais na zona urbana.
Causas que favorecem
- Dificuldade em lidar com a frustração;
- Impulsividade;
- Agressividade;
- Dificuldade de interação social;
- Dificuldade de interação social;
- Conflitos elevados na interação social ou na família;
- História de negligência, abuso físico, sexual ou emocional na infância;
- Perdas importantes, como a morte dos pais;
- Deterioração financeira brusca, como falência, perda de moradia ou desemprego;
- Violência urbana, como seqüestro, assalto ou ameaça de morte.
Medidas de prevenção
- Promoção da qualidade de vida;
- Desenvolvimento de estratégias de informação, comunicação e sensibilização da sociedade de que o suicídio é um problema que pode ser prevenido;
- Definir fatores determinantes;
- Identificar fatores de proteção;
- Incentivar a valorização do ser humano;
- Não excluir a responsabilidade de toda a sociedade
Quer ler a reportagem publicada na UNB acesse:
http://www.unb.br/acs/bcopauta/psicologia10.htm
3 comments:
A globalização e a pressão social por sucesso em um mundo onde ter é ser atingem cada vez mais cedo as pessoas. No Japão isso já acontece há alguns anos, e inevitavelmente chegou ao país.
Como profissional da saúde, esteja preparada para isso! Nem sempre os males estão no físico da pessoa...
Vixe... a enfermeira agora pegou pesado no tema...
bora lá.. já que pediu.. vamos discutir o tema...
1º o desejo da morte
As mudanças na sociedade, tão evidentes e latentes hoje em dia, justificam um comportamento impulsivo (principalmente no jovem). Um comportamento inconsequente, visto que ninguém mais é responsabilizado pelos seus atos. A culpa é sempre de alguém: do governo, da sociedade, da família, da globalização, da economia... estamos criando, e vivendo, em uma sociedade de irresponsáveis. A maioria dos jovens (claro que as exceções existem) não assume as consequências de suas atitudes. Nesse contexto, a fulga - pelo suícidio - parece algo viável, simples e que guarda um elo-causal forte com a realidade. Na verdade, não há um desejo pela morte, mas uma fulga da realidade... putz, é foda.. ter que conquistar a menina mais gata, ter o melhor salário, ir além dos nossos pais, viver... vencer, ser aceito....
2º surtos de suícidas
continuando esse papo de história... algumas épocas da sociedade foram marcadas por uma tendência suícida... tipo o período pós-depressão (1930) nos EUA. O que chama atenção hoje em dia, é que o problema está se apresentando de forma quase que epidêmica. Os dados são mundiais, mesmo que concentrados (ou mais latentes) em determinados países. Considerando isso, é díficil saber - principalmente agora, que estamos em plena onda - se estamos em um momento histórico de "surto de suícidios" e que após um momento de turbulência iremos voltar ao estágio normal das coisas ou se é, realmente, um sintoma social que acompanhará essa e outras gerações.
vixe... se deixar vou escrever mais que teu post...
só uma coisa... vamos discutir essas coisas...mas nada de por essas coisas na cabeça.. hehehehehehe
bjos!!!
Achei interessante o comentário do Fabiano sobre a história do suicídio e a "fuga da realidade...". Entretanto gostaria de comentar um pouco sobre essa fuga: não chamaria de fuga e sim de uma maneira de solucionar os problemas, tanto os próprios quanto os dos outros. Para tudo temos uma solução e por quê uma delas não pode ser extingüir a "causa dos males"? Sentimento de inferioridade, incapacidade, fraqueza? Sim, tudo isso contribui para uma pessoa chegar ao ponto de querer dar um fim à sua vida. Depressão?Pode ser um sinal mas nem sempre,num momento de desespero a pessoa mais alegre pode chegar à este ponto. Puxa é muito difícil, suicídio é algo que coloca em discussão o que se passa no íntimo do ser... nossos pensamentos são terra de ninguém, não há como prever qual será a próxima gota que fará transbordar o recipiente...
(ai ai, acho que falei,falei e não disse nada mas...vá lá)
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