A vida nos prega peças, nos testa e tenta nos contradizer a todo tempo. Tenho passado por situações diversas de provação, tenho cometido muitos erros e muitos acertos ao longo do caminho, mas nada se compara ao aprendizado que tenho tido durante todo o percurso.
Uma história que aparentemente acabou, sendo retomada e reescrita em outras palavras, um caminho sendo escolhido para se obter um novo final. Escolhas, apenas novas escolhas... Uma vida sendo revirada em todos os sentidos, tentativas sendo aplicadas, muitas histórias sendo construídas. Mas como saber que caminho seguir? Em quem confiar? Como nos mostrar que valerá a pena seguir? Como conseguir se guiar se a todo tempo estamos sendo testados, se ao mesmo tempo estamos testando? Será possível seguir sem se machucar, sem cair, sem magoar? Como saber?
Como foi dito na música do último post, quando se tenta o seu melhor e não se é bem sucedido, quando se consegue o que se quer, mas não o que se necessita, quando se sente cansado e não consegue dormir, tente retroceder. Olhar para trás não é ruim, não se pode é viver no passado. Lamentar a derrota, entristecer pela perda ou decepção, pode ser positivo num primeiro momento, mas não se deve esquecer que muita coisa se passou e há várias para se passar. Tudo é mutável.
Gosto de comparar a vida a uma grande montanha. Saber como chegar ao topo ou em que ponto do caminho parar é nosso grande desafio. Pensar em como determinar nosso caminho, escolher como e com quem queremos estar, saber o ritmo para progredir, é mais simples do que pensamos. Nós é que deixamos tudo complicado.
Entender sobre nos mesmos, está é a chave... Arrepender-se de algo feito, aceitar seus defeitos, pedir desculpas, perdoar, olhar para o outro e aceitar as diferenças, sem julgamentos ou preconceitos era o que devíamos fazer, mas não fazemos.
Muitas ondas passaram em sua vida, escolha a que achar melhor, mas não tenha vergonha de voltar atrás se for necessário. Já diziam os sábios, dois passos para trás podem valer mais a pena do que um único para frente. É tudo uma questão de escolhas.
Passei por alguns maus momentos durante esse tempo de isolamento, descobri o valor que certas amizades possuem, percebi muitos tropeços, colhi muitas vitórias e frustrações, cresci como pessoa... Sim, me arrependi de coisa que fiz e que não fiz. Deixei passar oportunidades que não iram voltar, mas em todo o caminho fui verdadeira e sincera. Talvez se eu tivesse dito aquele “EU TE AMO” quando ele precisava ouvir, ou fazer aquela surpresa para alegrar alguém. Talvez se tivesse escrito aquela declaração apaixonada a qual meu coração gritava, ou se não escondesse aquelas lágrimas necessárias, eu tivesse sido mais feliz. Mas não me envergonho de como conduzi minhas escolhas, apenas tentei acertar. Me surpreendi com certas posturas e atitude que tenho tomada, trabalhando primeiro a paciência e ponderando um pouco antes de agir, principalmente no que se refere a sentimentos. Gostar e não gostar, amar e odiar, conflitos que tenho vivido, e como tenho vivido. Mas só agora posso definitivamente falar em uma melhora, meu estágio de UTI está no final, e muito foi aprendido... não sou mais o paciente e o quadro de melhora tem se mostrado diariamente, em seus altos e baixos, na roda viva da vida em que todos nos encontramos.
